Autor(es): Sara Virgínia Paiva Santos, Darina Mirella Santos Guimrães, Fernanda Santana Santos , Janaína Batista dos Santos, Liz Teixeira Nascimento , Margareth Souza Andrade , Marianne Ribeiro Costa , Michelle Carvalho Gama , Roanne de Oliveira Pereira |
|
INTRODUÇÃO: O campo voltado às ações de cunho preventivo-comunitário é
um dos mais recentes no percurso da Fonoaudiologia e encontra-se em processo
de (re)construção e quebra de paradigmas, tentando aos poucos delinear uma
práxis voltada para a Saúde Pública/Coletiva, cujo enfoque é destinado às
questões sociais, coletivas e às necessidades de saúde da população. Parte-se
da concepção multifacetada que não pretende separar a saúde da doença, o
individual do coletivo e a clínica da prevenção. Nesse contexto ao
fonoaudiólogo compete a capacidade de perceber as alterações fonoaudiológicas
que abrangem uma determinada população, ouví-la, estudá-la, sempre
respeitando suas particularidades.
OBJETIVO: verificar a ocorrência de queixas relacionadas à motricidade orofacial num serviço público de saúde de Aracaju-SE. METODOLOGIA: Aplicação de roteiros de abordagem individual durante uma Campanha de Conscientização sobre as Alterações da Motricidade Orofacial, para funcionários e usuários da sala de espera de um serviço público de média complexidade. O roteiro proposto, a partir da realidade da população em questão, continha 07 questões objetivas envolvendo dados de identificação, conhecimento prévio sobre a Fonoaudiologia, suas áreas de atuação e queixas referentes às funções: respiração, mastigação, sucção e deglutição. Além das perguntas objetivas, houve espaço para o relato das queixas individuais não citadas no roteiro. Os sujeitos foram orientados quanto à existência de alterações nas funções citadas e, encaminhados para serviço gratuito, quando necessário. Os entrevistadores não conheciam os entrevistados. RESULTADOS: Foram abordados 84 indivíduos, 83% do gênero feminino, 17% masculino. A idade variou entre 15-77 anos, a maioria entre 46 e 55; a média de idades foi 49 anos. 59,52% dos entrevistados referiram desconhecer a Fonoaudiologia sendo que 34 referiram conhecer, e desses 29 pontuaram algumas das áreas de atuação. 70,23% da amostra relatou queixas de motricidade orofacial, havendo uma predominância das funções de mastigação (66,10%) e respiração (62,71%). As alterações mais citadas foram: incômodo/dor na articulação temporomandibular ao mastigar (43,58%), mastigação unilateral (28,20%), ausência de dentes (20,51%); ronco (73%), respiração oral (72,16%), alergias/sinusite/rinite (18,91%). DISCUSSÃO: A maior parte da amostra foi do gênero feminino beirando a quinta décadas de vida; um número expressivo (quase 60%) desconhece a fonoaudiologia: tal fato pode estar relacionado a ciência neófita (30 anos) e a média de idade dos entrevistados. Os que arriscaram as áreas de atuação atrelaram, na sua maior parte, as áreas de voz (33,33%) e linguagem (33,33%). As queixas de Motricidade Oral foram significativas; quase 50% dos queixosos referiram queixas de mastigação e respiração concomitantemente; as pessoas que apresentaram queixas na respiração, a grande maioria associou respirar pela boca e ser roncopata, assim de acordo com a literatura atual. CONCLUSÃO: maiores incentivos se fazem necessários as ações fonoaudiológicas na saúde coletiva, uma vez observada carência da população em relação ao conhecimento dessa ciência tão desbravadora e singular. |
|
Dados de publicação Página(s) : p.644 URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa |
|
|
sexta-feira, 15 de abril de 2016
VERIFICAÇÃO DE QUEIXAS RELACIONADAS À MOTRICIDADE OROFACIAL NUM SERVIÇO PÚBLICO DE MÉDIA COMPLEXIDADE
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário