INTRODUÇÃO: Refletir sobre a importância da fonoterapia, o impacto
que ela ocasiona na vida dos pacientes e, sobretudo, o que ela é capaz de
modificar na relação família/ sociedade é um exercício que deve ser buscado
e apoiado. OBJETIVO: comparar o ponto de vista do que representa a
fonoterapia para três genitoras de crianças com diagnóstico de Autismo(?)
em tempos diferentes de fonoterapia. MÉTODO: três genitoras responderam
separadamente um breve questionário contendo duas questões. A primeira
questão subjetiva foi: “O que a fonoterapia representa na vida do seu
filho?” (S1) e para essa mesma pergunta também as opções: “insignificante;
pouco significante; importante; muito importante; essencial” (S1.1); a
segunda questão foi: “O que mudou na vida do seu filho com ingresso na
fonoterapia?” (S2) e ainda as opções: “ vida social”; “relações afetivas”;
“desempenho escolar”; “relação pais/filhos”; “postura perante família e
sociedade”; “ainda não mudou nada” (S2.2). Os pacientes tinham 36 (P1), 30
(P2) e 34 (P3) meses de idade, respectivamente, 4, 6 e 12 meses de
atendimento fonoaudiológico, sendo esses de 60min semanais. Quanto a
profissão das genitoras e estado civil: P1: Engenheira de Alimentos,
casada; P2: Médica, casada; P3: Autônoma, divorciada. RESULTADOS: em
relação a S1: a genitora do P1 respondeu: “É uma ferramenta muito
importante para o desenvolvimento da linguagem, bem como para o convívio
social”. A genitora do P2 respondeu: “Representa um maior contato com o
mundo, já que está havendo melhora na comunicação, interação com outras
pessoas”; S1.1 para P1 e P2 assinalaram a opção: “muito importante”. A
genitora do P3 respondeu: “De tudo um pouco porque depois da fonoterapia
meu filho está bem com todos interagindo com outras crianças começou dizer
não e sim quando necessário”; S1.1 assinalou a opção: “essencial”. Em
relação a S2: a genitora do P1 respondeu: “Começou a verbalizar a
comunicação, deixando gestos de lado. Além disso, melhorou muito interação
social, principalmente na escola”; S2.2 assinalou a opção: “vida social”. A
genitora do P2: “Meu filho está mais falante, houve aumento no seu
vocabulário. Está cantando, brincando mais com outras crianças”; S2.2
assinalou todas as opções exceto: “ainda não mudou nada”. A genitora do P3:
“Mudou tudo, com a fonoterapia meu filho presta mais atenção em tudo na
escola, em casa, na nossa conversa. Ele é outra criança”; S2.2 assinalou
todas as opções exceto: “relação pais/filhos” e “ainda não mudou nada”.
DISCUSSÃO: a melhora nas habilidades de comunicação e sociabilidade foram
apontadas por todas as genitoras, despontando a partir de 4 meses de
fonoterapia (P1). A fonoterapia foi considerada de muita importância por
66% da amostra. A autonomia foi apontada somente pela genitora do P3 sendo
aquele que esteve em maior exposição ao tratamento. Pode-se inferir que a
genitora de P3 não assinalou a opção “relação pais/filhos” (P2.2) por ser
divorciada. A opção “ainda não mudou nada” não foi assinalada. CONCLUSÃO: A
fonoterapia representa benefícios, avanços significantes e oportunidade de
reinserção social do ponto de vista das genitoras participantes desse
estudo.
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