sexta-feira, 15 de abril de 2016

PREVALÊNCIA DE GLOTALIZAÇÃO CORRELACIONADA AO FATOR HEREDITÁRIO EM PACIENTES ATENDIDOS NA CLÍNICA ESCOLA DE FONOAUDIOLOGIA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO, SALVADOR-BA.



Autor(es) / Coautor(es) : SARA VIRGINIA PAIVA SANTOS, Sara Virgínia Paiva Santos, Queli Jamile Vasconcelos, Luanda Azevêdo Vieira Lima, Carla Monique de Santana Correia, Miriam Pereira Santana de Jesus, Patrícia Cortez Rosseto Teixeira


Palavras-chave: fissura labial, hereditariedade, prevalência

INTRODUÇÃO: A glotalização é um distúrbio articulatório que consiste no ataque brusco das pregas vocais durante a emissão de alguns fonemas, principalmente os plosivos velares, muito comum em sujeitos
 
portadores de fissura labiopalatinas, portadores de alteração músculo-esquelética, podendo ocorrer também em indivíduos não-fissurados (Wiedemer ML et AL, 2008; Silva RN, Nascimento EM, Santos G, 2003).
 
Sabe-se que há uma vasta literatura nacional e internacional sobre o tema abordado, porém, comumente, não se verifica o fator da hereditariedade como característica predisponente para esta alteração
 
articulatória. Compreender a correlação da hereditariedade como um dos possíveis fatores predisponentes para a glotalização é importante e fundamental para nortear as condutas de orientação fonoaudiológica
 
nesses casos. OBJETIVO: Verificar a prevalência de glotalização correlacionada à hereditariedade em pacientes atendidos na Clínica Escola de Fonoaudiologia do Centro Universitário Jorge Amado-UNIJORGE-BA.
 
MÉTODOS: Foi realizado o levantamento dos prontuários dos pacientes do Setor de Alterações de Fala atendidos na Clínica Escola de Fonoaudiologia da UNIJORGE entre o período de 2006 há 2008. Foram
 
selecionados apenas os pacientes que apresentaram glotalização durante avaliação fonoaudiológica clínica. Posteriormente, foi realizada uma análise quantitativa, de estatística descritiva, para estabelecer a
 
prevalência desses casos com e sem alterações musculoesqueléticas e o fator da hereditariedade. Todos os pacientes e/ou responsáveis concordaram com a realização da presente pesquisa, assinando termo de
 
Consentimento, como manda a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde - CNS. RESULTADOS: Verificou-se que 60 pacientes estão em atendimento no setor em questão, sendo que 11,67% apresentaram
 
glotalização. Desses, 85,72% apresentaram glotalização não associado a alteração musculoesquelética. Dessa amostra 71,4% apresentaram como fator predisponente a hereditariedade e 28,6% não apresentaram
 
hipótese etiológica. Apenas 14,28% apresentaram fator hereditário associado à existência de alteração musculoesquelética. CONCLUSÃO: No estudo em questão, foi constatada a correlação da hereditariedade como
 
fator relevante para a glotalização, em pacientes não-fissurados. A grande maioria dos casos de glotalização não teve caráter de alterações músculo-esqueléticas. Busca-se, dessa forma, incentivar outras pesquisas
 
neste campo pouco explorado.

Dados de publicação
Página(s) :
 p.2239
URL (endereço digital) :
 http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa 

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