Autor(es) / Coautor(es) : SARA VIRGINIA PAIVA SANTOS, Sara Virgínia Paiva
Santos2,1,6, Queli Jamile Vasconcelos2,6,3, Jemima Santos Silva6,1,3,
Ubiratan Rios Santos9,4, Walmara Paiva Santos7, Joane Souza da Rocha8,
Ludimila Menezes Rodrigues4, Daiane Nascimento Figueredo5,4, Renata Silva
Gomes6
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INTRODUÇÃO: A Esquizencefalia (EZF) é o distúrbio mais comum da migração
neuronal, ocorre entre o 3° e o 5° mês gestacional e foi descrita pela
primeira vez em 1859, por Haeschl (CARRIZOSA, J., CORNEJO, W., MEJÍA, L.,
GÓMEZ, J. C.,2007). Caracteriza-se pela presença de fendas, uni ou
bilaterais, revestidas por substância cinzenta que se estendem da
superfície pial até a ependimária. É classificada em: tipo I: com presença
de lábios fechados e tipo II: com presença de lábios abertos, estando a
fenda preenchida por líquido cefalorraquidiano. São manifestações clínicas
comuns o Retardo Mental, Déficit Motor e Epilepsia, sendo que as alterações
neurológicas podem não ocorrer (AMARAL, J.G.P. et al, 2000). OBJETIVO:
descrever relato de caso de uma paciente com Hipótese Diagnóstica na
Tomografia Computadorizada de Crânio (TCC) de Esquizencefalia de Lábio
Fechado Parietal esquerdo, a partir das informações coletadas na Anamnese
Fonoaudiológica. MÉTODO: relato de caso de uma paciente submetida a
atendimento fonoaudiológico individualizado, com duração de 45 min., no
Setor de Saúde da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Aracaju-APAE/Se.
O instrumento de coleta de dados foi o Protocolo de Anamnese institucional,
aplicado com os responsáveis, composto de 15 itens que abordam informações
a respeito de: Identificação, Queixa, Antecedente Pré, Peri e Pós-natais,
todo o Desenvolvimento Motor, Orofacial, de Linguagem, Auditivo, Cognitivo,
Social e Escolar, bem como dados sobre Saúde Geral, Atendimentos/exames
realizados, Encaminhamentos, informações complementares e aposição da
assinatura dos responsáveis pela veracidade e confiabilidade dos dados
informados. Foi assinado Termo de Consentimento para realização dessa
pesquisa, de acordo com a Resolução 196/96 do CNS. RESULTADOS: paciente,
sexo feminino, raça branca, 8 anos, nascida de 28 semanas após hemorragia
materna aos 5 meses, pesando 2,0Kg ao nascimento, permaneceu internada
durante 30 dias em UTIN. Após 15 dias da alta hospitalar apresentou hipóxia
e nova internação por 60 dias. Cursou com atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor, orofacial, da linguagem, cognitivo e escolar, conforme descrição,
respectiva, a seguir: andou aos 4 anos, não foi aleitada no seio, transição
alimentar por volta dos 3/4 anos, respiradora oral e apresenta dificuldades
na sucção e mastigação, as protopalavras emergiram aos 5 anos, apresenta
troca de letras à fala, atribui significados a objetos cotidianos, constrói
frases de até 5 elementos, apresenta dificuldade de atenção, mnemônicas, de
orientação espaço-temporal, há compreensão para ordens simples e compostas,
inclusive de situações cotidianas, ingressou na escola aos 5 anos e
apresentou desempenho insatisfatório, cursando com fracasso escolar. A
menor não tem passado de convulsões. Foi submetida a acompanhamento
fisioterapêutico durante 6 anos, faz consultas neurológicas anuais. A TCC
evidenciou fenda cerebral revestida por substância cinzenta no lobo
parietal esquerdo (Esquizencefalia tipo I), presença de paquigiria,
ventrículos laterais confluentes com expansão da cavidade esquerda e calota
craniana conservada. Não há casos semelhantes na família. A paciente foi
encaminhada para Avaliação Fonoaudiológica e Otorrinolaringológica.
CONCLUSÃO: diante das manifestações relatadas, observa-se que a paciente
apresentou história clínica de acordo com as descrições da literatura
pesquisada. As manifestações evidenciadas apontam a necessidade de
acompanhamento interdisciplinar.
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Sou um caso que apresenta história clínica de algumas literaturas, tenho diminuição no tonus muscular, epilepsia, retardado mental leve, sialorreia, estou com 19 anos.
ResponderExcluirFui diagnosticado com esquizencefalia de labio fechado frontal lateral esquerdo. Eu queria saber se isso e um deficiência ou explica o fato de eu ter movimentos involuntários do lado direito do corpo, alem de ter menos tato e força no mesmo
ResponderExcluirEu tenho uma filha de 3 anos e estranhei ela demorar pra falar e conversar. Levei ela no neurologista, fiz a RM e o diagnóstico foi de esquizencefalia de lábios fechados em região frontoparietal esquerda, com áreas de displasia cortical. Não vi nada parecido. Ela anda corre brinca entende oque falamos mas ela só repete e fala frases curtas. Ela não tem raciocínio de conversar com as pessoas; decorar nomes de pessoas demora bastante tempo e de se expressar tbm.
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