sexta-feira, 15 de abril de 2016

SAÚDE COLETIVA X CONSTRUÇÃO DE UM SUJEITO EPISTEMOLÓGICO NO CONTEXTO FAMILIAR: É POSSÍVEL?



SAÚDE COLETIVA X CONSTRUÇÃO DE UM SUJEITO EPISTEMOLÓGICO NO CONTEXTO FAMILIAR: É POSSÍVEL?

Autor(es): Alessandra Santana Cardoso, Íris Braga Caló Oliveira, Maria Jéssica Cunha Andrade, Sara Virgínia Paiva Santos

Introdução: A família é o espaço inicial de aprendizado da criança, compreende uma dinâmica de experiências essencial no desenvolvimento, capacitação e na formação do sujeito. Deste modo é de suma importância o envolvimento dos pais, inclusive de toda a família, no processo de construção do sujeito, na formação de novos atores capazes de dar respostas diferenciadas às problemáticas da nova sociedade. É, pois, de caráter emergencial a construção desta realidade e papel das instituições a criação de meios e desenvolvimento de recursos para formação de um sujeito epistemológico: atuante, transformador, crítico, reflexivo, e humano. Objetivo: relatar experiência, num centro de especialidades médicas da criança e do adolescente, da intervenção fonoaudiológica na capacitação de pais. Métodos: Foram realizadas atividades no Centro de Especialidades Médicas de Aracaju-
CEMAR, complexo Siqueira Campos, durante o estágio de saúde coletiva da Universidade Federal de Sergipe, num período de 4 meses. Participaram no total 100 sujeitos, de ambos os gêneros, todos pais/cuidadores das crianças usuárias do serviço enquanto aguardavam atendimento na sala de espera local, uma amostra de conveniência. Integraram a equipe de trabalho 9 estagiários e uma fonoaudióloga. Para tanto se utilizou das práticas dialógicas concomitantemente aos recursos visuais, por meio de panfletos contextualizados, murais ilustrativos e distribuição de materiais educativos como guias facilitadores na abordagem. Os sujeitos foram abordados a partir da escuta e do acolhimento. Os temas versaram sobre: o desenvolvimento infantil, a relação pais x filhos,
estimulação da linguagem no contexto familiar, a brincadeira como precursora do simbolismo, desenvolvimento de materiais educativos a partir da reciclagem, importância da socialização/interação/troca de experiências na infância, criança de hoje x adulto de amanhã. Resultados: Através das abordagens realizadas, conseguiu-se envolver os pais nos temas selecionados, trocando saberes num processo dialógico. O público-alvo se mostrou receptivo com adesão á proposta do estágio. Não houve recusa de participação de nenhum dos envolvidos. Discussão: A participação ativa dos pais integrantes tornou visível o início de um processo de construção de novos sujeitos. Houve sensibilização com os conteúdos explorados, servindo como base para a aplicação no contexto familiar. Foi abordada quantidade significativa de pais/cuidadores. A abordagem assumiu um caráter humanizador e de alta sensibilidade uma vez que partiu das perspectivas da escuta e do acolhimento propondo diálogo contextualizado. A universidade desempenhou importante papel no referido centro de especialidades promovendo saúde à população com caráter de ousadia e inovador buscando inserção no ambiente público. Conclusão: é possível contribuir para a formação de novos sujeitos a partir de abordagens contextualizadas, direcionadas e humanizadoras nas salas de espera de serviços públicos. Busca-se incentivar novos trabalhos que abracem a causa da família como peça fundamental, chave, a ser trabalhada, potencializada e impulsionada a agente trasformador da nossa sociedade, e porque não do nosso país.

Descritores: Saúde Pública, epistemologia, família.

Dados de publicação
Página(s) : p.2515
URL (endereço digital) : http://www.sbfa.org.br/portal/suplementorsbfa

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