Autor(es): Eugenia HerminiaOliveira Vaelnça, Anita Herminia Oliveira Siuza,
Carine Alves Nabuco de Carvalho, Daniel Francisco Neyra Castaneda, Dayane
Moraes Santos, Flávia lobo Alves, Jakeline de Souza Rocha, Lucas Xavier
Rocha de Souza, Sara Virgínia Paiva Santos , SIlvio Leonardo Valença,
Suzana Carvalho, Thalyta Prata Leite de Sá
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1. INTRODUÇÃO: Em 2010, o curso de fonoaudiologia da Universidade
Federal de Sergipe (UFS) implementou o programa de monitoria da Matéria de
Ensino voz. Nossa hipótese é de que a interação docente-discente estimula o
desenvolvimento de habilidades na dinâmica do ensino-aprendizagem, e
incrementa nos discentes, a auto-percepção vocal, motivando-os em sua
formação a desenvolver competências importantes ao seu exercício
profissional. 2. OBJETIVO: Avaliar a monitoria da matéria de ensino voz e a
percepção vocal de discentes do curso de fonoaudiologia. 3. METODOLOGIA: Trata-se
de pesquisa retrospectiva de abordagem qualitativa e quantitativa com 100
alunos de duas turmas de 2º ano do curso de fonoaudiologia/UFS,
matriculados em 2010 e 2011 na disciplina Voz. A coleta dos dados contou
com a participação de quatro monitores. Foi construído um portfólio sobre
ações da monitoria e sua contribuição aferidas pelos discentes em
entrevista estruturada com análise descritiva (%). Os escores de Qualidade
de vida e Voz –QVV,foram expressos em média e desvio padrão (DP) e a
correlação com a autopercepção vocal,coeficiente de Spearman, p<0.05
(SPSS/PC for Windows, versão 17). Os discentes identificaram em suas vozes
o pitch, sensação psicofísica da voz grave/aguda e loudness ,sensação
psicofísica da voz forte/fraca em tom habitual,no ambiente de sala de aula
com emissão sustentada da vogal /a/ e fala encadeada de números de 1 a 5,
verificamos a associação entre pitch/loudness (teste qui-quadrado,
p<0,05).4. RESULTADOS: No portfólio da turma de Voz 2010, 36 alunos com
média de idade em anos de 21,32 ±2,83 (DP); 25% (n=9) têm interesse pela
área de voz; 61,1% (n=22) por anatomo- fisiologia. Na turma de Voz 2011.1
evidencia-se interesse por “tipos de vozes” (60,9%,n=25). 100% (n=41)
registraram a contribuição da monitoria e da dinâmica de treinamento
perceptivo-auditivo para: autopercepção vocal (92,6%,n=38);correlação
teoria-prática (90,2%,n=37). Escore de qualidade de vida do domínio físico
de 91,17 ±10,49DP; p<0,05; r=-0, 313. Auto autopercepção de uma voz
boa(57.1%); vozes femininas (n=36), classificam-se equitativamente pitch
grave/agudo (41,7% ,n=15/ 58,3% ,n=21) ; loudness forte /fraco
(55.6%,n=20/44% n=16).Para o sexo Masculino (n=4) pitch grave e loudness
forte em unanimidade. Constatou-se a associação pitch/loudness, p<0,
0001; Valor qui-quadrado=13, 099. Quando o pitch é grave, loudness é forte;
e quando o pitch é agudo, loudness é fraco; p<0, 0001, r=0.572.
DISCUSSÃO: Na matéria de ensino voz, o uso de portfólio é um meio para
auto-reflexão e auto-avaliação. O depoimento sobre a voz é considerado um
recurso que precisa ser mais bem explorado nas ações educativas. A dinâmica
de identificação de vozes baseado em comparações corrobora com a hipótese
de que perceber diferenças pode indicar uma provável influência do
conhecimento prévio relativos à voz. 6. CONCLUSÕES: No curso de
fonoaudiologia da UFS o portfólio da monitoria favorece ações conjuntas em
ensino pesquisa e extensão, contribui em dinâmicas didático-pedagógicas,
resultando na concordância e associações sobre pitch e loudness das vozes
discentes, autopercepção de uma voz “boa” e escores de qualidade de vida,
valorizando o conhecimento prévio, motivando competências, habilidades
inerentes aos conteudos curriculares.
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